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Liliane Brito

A Vida Divina


Entre as preciosas escritas de Sri Aurobindo, está " A Vida Divina", que agora chega até nós, traduzido por Aryamani, para o português.

O livro apresenta a visão de Sri Aurobindo sobre a evolução espiritual no processo completo de involução e evolução humana do Espírito na matéria, e descreve como a atual crise da consciência humana conduzirá à sua transformação e à manifestação de uma vida divina sobre a terra. A VIda Divina é uma viagem de descoberta, uma imensa aventura, para todos que apreciam a poderosa e abrangente visão desse grande sábio, que viveu em contato com as fontes mais profundas do Conhecimento e da Verdade.

OS MÉTODOS DO CONHECIMENTO VEDÂNTICO

CAP.VIII

...” Chegamos à concepção e ao conhecimento de uma existência divina que ultrapassa o testemunho dos sentidos e faz aberturas nos muros da mente física. Enquanto nos confinamos ao testemunho dos sentidos e à consciência física, nada poderemos conceber nem conhecer, exceto o mundo material e seus fenômenos. Mas certas faculdades em nós permitem a nossa mente chegar a concepções que podemos, sem dúvida, pelo raciocínio ou pelo jogo variado da imaginação, deduzir dos fatos do mundo físico podem garantir. O primeiro desses instrumentos é a razão pura.

A razão humana tem uma ação dupla: misturada ou dependente, pura ou soberana. A razão aceita uma ação misturada quando se limita ao círculo de nossa experiência sensorial, admite sua lei como verdade final e se ocupa apenas com o estudo de fenômenos, ou seja, com as aparências das coisas em suas relações, processos e utilidades. Essa ação racional é incapaz de conhecer o que é, ela conhece apenas o que parece ser, ela não tem uma sonda com a qual explorar as profundezas do ser, ela pode apenas explorar o campo do devenir. Por outro lado, a razão afirma sua ação pura quando, ao aceitar nossas experiências sensíveis como ponto de partida, recusa-se a ser limitada por elas, e vai além, julga, age conforme sua própria lei e esforça-se para chegar a conceitos gerais e inalteráveis que se apeguem não à aparência das coisas, mas aquilo que permanece inalterado por trás e, nesse caso, o conceito ao qual ela chega pode parecer um resultado da experiência sensível, dependente dessa experiência, embora na realidade seja uma percepção da razão atuando conforme sua lei própria. Mas as percepções da razão pura podem também – e essa é sua ação mais característica – usar a experiência inicial como mero pretexto e deixá-la para trás longe, antes de chegar aos seus resultados, a tal ponto que o resultado pode parecer bem o contrário do que nossa experiência sensível quer nos impor. Esse movimento é legitimo e indispensável, porque nossa experiência normal não só cobre apenas uma pequena parte da realidade universal, mas como se serve, mesmo nos limites de seu próprio campo, de instrumentos que são defeituosos ela nos dá pesos e falsos. Essa experiência deve ser excedida, distanciada, e sua insistência recusadas com freqüência, se quisermos chegar à concepção mais adequada da verdade das coisas. Corrigir os erros da mente sensorial pelo uso da razão é um dos poderes mais valiosos desenvolvidos pelo ser humano, e a causa principal de sua superioridade entre os seres terrestres.”

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